sábado, 7 de fevereiro de 2015

Ford Ecosport XL 1.6 2005 e Ford Ranger XLT 3.0 diesel 2012: quando trabalho vira diversão!

Amigos,

Em 2012 realizei o sonho de me mudar para o interior do Estado. Na verdade nasci e fui criado no interior, mas os estudos e o trabalho me fizeram passar mais de uma década na dita cidade maravilhosa.

Chegando na serra fluminense, assumi a administração de uma unidade do órgão público onde trabalho. Em sua "frota", a dupla da Ford que dá título a postagem.

Estávamos sem motorista e, desrespeitando a hierarquia natural da repartição, assumi eu mesmo a manutenção da frota. O Ecosport jazia empoeirado no estacionamento, com o motor de arranque avariado. A Ranger apresentava constantes quedas de energia da bateria e marcava somente 5 mil quilômetros no hodômetro, cheiro de carro novo!

O Ford Ecosport XL 1.6 2005

Com película escurecida nos vidros dentro do limite legal, para dar exemplo - Foto do Autor
Nunca fui fã do "jipinho" da Ford e sempre o coloquei entre aspas. Meu sogro teve dois e eu mesmo tive um, obrigado de certa forma (contei a história AQUI). O carro é lento (pelo menos na versão 1.6), instável e, sem a tração 4x4, ruim no off road como qualquer outro carro de passeio. Porém, como carro de frota, o Ecosport me conquistou.

Compacto por fora, é a escolha natural para cumprir tarefas no dia a dia de trânsito. Com o banco traseiro rebatido, vira um furgão e consegue transportar qualquer carga a salvo das intempéries, coisa que a Ranger não faz. Mesmo sem conveniências de carro de luxo, possui direção hidráulica e ar condicionado, suficientes para trabalhar confortavelmente.

Nunca havia visto um modelo XL, sem o trio elétrico, o bagageiro no teto e até sem a terceira luz de freio dos XLS e XLT da época. Também me chamou atenção as rodas de aço pretas com calotas, incomuns mesmo na versão XLS, cujas rodas eram prata fosco, sem calotas. Geralmente a administração pública compra veículos com apenas "ar e direção" para serviços.

Carro de frota? Vidros manual! - Foto do Autor
Sua posição de dirigir é mais alta que a maioria dos outros carros e me faz entender por que tanta gente migrou para os suves. Embora essa posição canse em viagens longas, ela é perfeita para tarefas rápidas. Os únicos inconvenientes ficam por conta do estepe na traseira, que rouba espaço valioso na hora de estacionar e da tampa traseira que abre para o lado, exigindo espaço extra atrás na hora da carga e descarga.

Quando o encontrei, tive de enviá-lo de reboque à oficina. Uma pequena revisão em seu motor de arranque e ele voltou a funcionar perfeitamente. Efetuei toda a manutenção preventiva preconizada no manual do proprietário para os seus 40 mil quilômetros da época e ainda conferi pneus (aparentemente tinham sido trocados a poucos quilômetros), suspensão e freios. O jipinho, agora já sem as aspas, agradeceu funcionando perfeitamente bem até agora, dois anos depois.

Hoje, me orgulho de cuidar de um veículo do governo com mais de 10 anos de uso que se encontra em perfeito estado de conservação, quando vemos aos montes vários carros "chapa branca" com um terço do tempo caindo aos pedaços.

Um bem público é de todos e merece todo o carinho - Foto do Autor

A FORD RANGER XLT 3.0 diesel 2012

Temos sempre um 4x4 em cada unidade do interior. No nosso caso, uma Ford Ranger XLT cabine dupla, motor diesel 3.0 litros eletrônico, com engate elétrico da tração e da caixa de transferência reduzida através de um botão no painel.

O último facelift da geração antiga, com os cromados da versão XLT - Foto do Autor
Aqui uma explicação. Embora a administração pública sempre  especifique modelos básicos em suas licitações, muitas vezes os fabricantes não tem o modelo simples para entrega no prazo do contrato. Na maioria das vezes, é mais barato entregar o modelo mais luxuoso do que pagar a multa pelo atraso na entrega. Assim, levamos uma XLT.

Recebi a picape com a advertência de que a bateria arriava em poucos dias. Assim, tomei duas providências. Fiz a primeira revisão em concessionária para manter a garantia e poder cobrar o reparo do sistema elétrico e coloquei o utilitário para rodar. Por conta de suas grandes dimensões, a picape era preterida em relação ao Ecosport nas saídas diárias. Porém, mesmo com o rodízio imposto, a bateria continuava falhando.

Foram quatro (!) visitas a concessionária, em que duas baterias foram trocadas em garantia e nada de resolver o problema. Desisti da rede autorizada Ford e levei a picape na oficina credenciada para prestar manutenção em nossos carros. Em 20 minutos um eletricista descobriu um chicote elétrico com fuga de corrente. O reparo custou R$ 40,00...

Hoje, assim como o Ecosport, goza de plena saúde e trabalha duro, inclusive em incursões fora de estrada, onde acompanha com valentia outros 4x4 em ritmo de trabalho. Como ainda estamos sem motorista, se tornou minha fiel companheira em viagens à capital e quase sempre volta carregada de material de escritório, subindo a serra com bastante vigor para seu peso, ajudada, é claro, pelo turbocompressor que entra em ação pouco antes dos 2.500 RPM.

Pouco espaço interno para seu porte, mas mesmo assim confortável nos bancos da frente - Foto do Autor
Nas noites chuvosas, quando a serra fica escorregadia e a visibilidade se resume a alguns metros à frente por conta dos constantes nevoeiros, é bom contar com a tração 4x4, que funciona bem até os 80 Km/h em pisos de pouca aderência e com seus excelentes faróis de neblina, que me guiam de volta para casa, quase sempre em companhia dos Rolling Stones, pois a versão XLT ainda conta com CD/MP3 player de série.

Não deixem de mandar suas dúvidas e sugestões de postagens aqui nos comentários ou para gostardecarros@gmail.com.
Um forte abraço e até a próxima postagem!
Bruno Hoelz

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