domingo, 22 de fevereiro de 2015

Honda Fit EXL 2015: vale a pena quando comparado aos seus concorrentes?

Amigos,

O Blog GOSTAR DE CARROS teve a oportunidade de avaliar mais um carro em nossa seção IMPRESSÕES. Desta vez, um Honda Fit EXL 2015. Agradecimentos especiais à proprietária Olívia, que cedeu seu carro assim que chegou da Concessionária.

Tinindo de novo e já testado para a próxima postagem - Foto do Autor
O que mais escuto a respeito do novo Fit é que é um carro caro pelo que oferece, principalmente na versão topo de linha. Resolvi compará-lo com outros carros da mesma faixa de preço e ver se realmente há opções melhores. De nada adianta falar que o Fit custa 10 mil dólares no exterior, pois ninguém vai ao Japão buscar um.

Assim, este comparativo de preços surgiu naturalmente e acabou ficando longo. Decidi tratá-lo como uma postagem própria. Na semana que vem, falaremos sobre as impressões do carro.

Todos os preços citados são os de tabela, referentes à fevereiro de 2015, incluindo frete para o Rio de Janeiro, excluindo pintura metálica ou perolizada.

O preço de tabela da versão EXL é R$ 67.400,00. Dentro da própria linha Honda daria para comprar um City EX (a R$ 66.700,00) ou mesmo se aproximar de um Civic LXS manual (a R$ 70.900,00). Mas daí eu pergunto: sedans não são concorrentes do Fit, certo?

O Fit, na verdade, é uma minivan disfarçada de hatchback, cujo desenho fica mais esportivo a cada geração. Se em 2004 seu desenho remetia a uma vovó indo buscar os netos na natação, hoje ele pode até disputar compradores de compactos premium ou mesmo de hatchs médios, que precisem (ou não) de espaço.

O que podemos comprar com R$ 67.400,00, além de um Fit EXL? Vejamos o que as "grandes marcas" oferecem, pensando nos hatchs médios ou pequenos e monovolumes.

Na maioria das vezes um hatch médio comparado a uma minivan terá comportamento dinâmico e prazer ao dirigir superiores e o futuro comprador deve colocar isso na balança. meu conselho: faça sempre um test drive.

Na linha VW, com o Golf começando em R$ 70.000,00 e a antiquada geração antiga do Polo dando seus últimos suspiros, temos o Fox Highline 1.6, com todos os opcionais a inacreditáveis R$ 66.700,00. Se precisar de mais espaço e quiser uma Spacefox, pagará mais caro ainda.
VW Fox 2015 - google imagens
Na linha GM, o Cruze Sport6 é uma boa opção de hatch médio. Com câmbio manual, seu preço de tabela é de R$ 68.360,00, mas pode ser facilmente encontrado por preços menores, pois deve mudar em breve. Mesmo na versão LT é tão bem equipado quando o Fit, inclusive com central multimídia (sem GPS como no Fit) e air bags laterais. Aqui, a vantagem do Honda vai ser em relação ao câmbio e ao fato de ser um monovolume: O Cruze, ao contrário do Fit, não se transforma em furgão de entregas na hora da sua mudança.
 
GM Cruze Sport6 - google imagens
Alguns leitores vão se lembrar que uma Spin LTZ, a versão topo de linha, custa R$ 63.340,00 e é uma minivan. Sinceramente não acho a Spin concorrente do Fit. Com seu desenho insosso, mesmo um comprador racional ficaria com o confiável Fit, a não ser que precise, de fato, dos seus 7 lugares.

Na linha Fiat encontraremos outro hatch médio, o Bravo, por R$ 67.990,00 na versão Sporting 1.8, bem equipada, embora não ofereça air bags laterais e central multimídia de série, itens presentes no Fit. Mais uma vez a vantagem do Honda se dará no espaço de minivan e no câmbio. O Bravo oferece um câmbio automatizado como opcional a R$ 3.300,00, mas seus trancos e soluços o tornam bastante inferior ao moderníssimo CVT do Fit.
 
Fiat Bravo, já modelo 2016 - google imagens
Não vamos considerar o Dobló como concorrente do Fit, assim como não consideramos o Spin.

Na linha Ford o jogo se repete. O laureado Ford Focus, também um hatch médio de entrada, é o concorrente natural do Fit. Por R$ 67.900,00 vem bem equipado, porém com câmbio manual e, assim, como o Bravo, sem air bags laterais ou central multimídia. É, na minha opinião, o melhor hatch médio do Brasil em comportamento dinâmico e prazer ao dirigir e o único capaz de balançar de verdade o coração de um candidato ao Fit. Aqui, mais uma vez o câmbio e o espaço vão decidir o jogo.
Ford Focus - google imagens
Um dos motivos para comprar um Fit é o seu sobrenome. A Honda é sinônimo de robustez, baixa manutenção e bom pós venda no Brasil. Pensando assim, outras opções na mesma faixa de preço perderão o sentido.

Os ótimos carros do trio francês - Renault, Peugeot e Citroen - sofrem com um pós venda sofrível, alto custo de manutenção e grande desvalorização. Porém, podem ser considerados como opção de compra, pois tem preços bastante competitivos.
Citroen Aircross 1.6 Tendance automático: versão intermediária, automática, com excelente nível de equipamentos e visual "minivan aventureira descolada" por R$ 63.290,00 - google imagens
 Os não tão ótimos carros da dupla coreana - Kia e Hyundai - também sofrem com um pós venda sofrível, embora apresentem desvalorização semelhante ao dos modelos nacionais.

O caríssimo Hyundai I30, um  hatch médio razoável com um péssimo pós venda, a R$ 78.000,00,  o que faz o VW Fox completo parecer razoável e o Honda Fit um negócio da China! - google imagens
O Honda Fit é caro? Não na minha opinião. O "desempate" com bons carros vai se dar em critérios de utilização pelo futuro comprador e o monovolume japonês se torna imbatível em sua categoria, a de monovolume. Ao deixar seu visual careta das gerações anteriores para trás, ganhou novos compradores sem perder os antigos.

Se o amigo leitor achou cara a versão topo de linha, considere o interessante custo benefício da versão LX, por R$ 54.200,00 (ou R$ 58.400, com câmbio CVT), cujos concorrentes em preço serão compactos bem mais simples. Particularmente as versões DX (muito espartana, não tem sequer retrovisores elétricos) e a versão EX (muito próxima do valor da EXL) não valem muito a pena.

Claro, alguns leitores vão reclamar da perda de equipamentos em relação a geração anterior, mas isso será assunto para a próxima postagem.

Um forte abraço e até a próxima,

Bruno Hoelz

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Ford Ecosport XL 1.6 2005 e Ford Ranger XLT 3.0 diesel 2012: quando trabalho vira diversão!

Amigos,

Em 2012 realizei o sonho de me mudar para o interior do Estado. Na verdade nasci e fui criado no interior, mas os estudos e o trabalho me fizeram passar mais de uma década na dita cidade maravilhosa.

Chegando na serra fluminense, assumi a administração de uma unidade do órgão público onde trabalho. Em sua "frota", a dupla da Ford que dá título a postagem.

Estávamos sem motorista e, desrespeitando a hierarquia natural da repartição, assumi eu mesmo a manutenção da frota. O Ecosport jazia empoeirado no estacionamento, com o motor de arranque avariado. A Ranger apresentava constantes quedas de energia da bateria e marcava somente 5 mil quilômetros no hodômetro, cheiro de carro novo!

O Ford Ecosport XL 1.6 2005

Com película escurecida nos vidros dentro do limite legal, para dar exemplo - Foto do Autor
Nunca fui fã do "jipinho" da Ford e sempre o coloquei entre aspas. Meu sogro teve dois e eu mesmo tive um, obrigado de certa forma (contei a história AQUI). O carro é lento (pelo menos na versão 1.6), instável e, sem a tração 4x4, ruim no off road como qualquer outro carro de passeio. Porém, como carro de frota, o Ecosport me conquistou.

Compacto por fora, é a escolha natural para cumprir tarefas no dia a dia de trânsito. Com o banco traseiro rebatido, vira um furgão e consegue transportar qualquer carga a salvo das intempéries, coisa que a Ranger não faz. Mesmo sem conveniências de carro de luxo, possui direção hidráulica e ar condicionado, suficientes para trabalhar confortavelmente.

Nunca havia visto um modelo XL, sem o trio elétrico, o bagageiro no teto e até sem a terceira luz de freio dos XLS e XLT da época. Também me chamou atenção as rodas de aço pretas com calotas, incomuns mesmo na versão XLS, cujas rodas eram prata fosco, sem calotas. Geralmente a administração pública compra veículos com apenas "ar e direção" para serviços.

Carro de frota? Vidros manual! - Foto do Autor
Sua posição de dirigir é mais alta que a maioria dos outros carros e me faz entender por que tanta gente migrou para os suves. Embora essa posição canse em viagens longas, ela é perfeita para tarefas rápidas. Os únicos inconvenientes ficam por conta do estepe na traseira, que rouba espaço valioso na hora de estacionar e da tampa traseira que abre para o lado, exigindo espaço extra atrás na hora da carga e descarga.

Quando o encontrei, tive de enviá-lo de reboque à oficina. Uma pequena revisão em seu motor de arranque e ele voltou a funcionar perfeitamente. Efetuei toda a manutenção preventiva preconizada no manual do proprietário para os seus 40 mil quilômetros da época e ainda conferi pneus (aparentemente tinham sido trocados a poucos quilômetros), suspensão e freios. O jipinho, agora já sem as aspas, agradeceu funcionando perfeitamente bem até agora, dois anos depois.

Hoje, me orgulho de cuidar de um veículo do governo com mais de 10 anos de uso que se encontra em perfeito estado de conservação, quando vemos aos montes vários carros "chapa branca" com um terço do tempo caindo aos pedaços.

Um bem público é de todos e merece todo o carinho - Foto do Autor

A FORD RANGER XLT 3.0 diesel 2012

Temos sempre um 4x4 em cada unidade do interior. No nosso caso, uma Ford Ranger XLT cabine dupla, motor diesel 3.0 litros eletrônico, com engate elétrico da tração e da caixa de transferência reduzida através de um botão no painel.

O último facelift da geração antiga, com os cromados da versão XLT - Foto do Autor
Aqui uma explicação. Embora a administração pública sempre  especifique modelos básicos em suas licitações, muitas vezes os fabricantes não tem o modelo simples para entrega no prazo do contrato. Na maioria das vezes, é mais barato entregar o modelo mais luxuoso do que pagar a multa pelo atraso na entrega. Assim, levamos uma XLT.

Recebi a picape com a advertência de que a bateria arriava em poucos dias. Assim, tomei duas providências. Fiz a primeira revisão em concessionária para manter a garantia e poder cobrar o reparo do sistema elétrico e coloquei o utilitário para rodar. Por conta de suas grandes dimensões, a picape era preterida em relação ao Ecosport nas saídas diárias. Porém, mesmo com o rodízio imposto, a bateria continuava falhando.

Foram quatro (!) visitas a concessionária, em que duas baterias foram trocadas em garantia e nada de resolver o problema. Desisti da rede autorizada Ford e levei a picape na oficina credenciada para prestar manutenção em nossos carros. Em 20 minutos um eletricista descobriu um chicote elétrico com fuga de corrente. O reparo custou R$ 40,00...

Hoje, assim como o Ecosport, goza de plena saúde e trabalha duro, inclusive em incursões fora de estrada, onde acompanha com valentia outros 4x4 em ritmo de trabalho. Como ainda estamos sem motorista, se tornou minha fiel companheira em viagens à capital e quase sempre volta carregada de material de escritório, subindo a serra com bastante vigor para seu peso, ajudada, é claro, pelo turbocompressor que entra em ação pouco antes dos 2.500 RPM.

Pouco espaço interno para seu porte, mas mesmo assim confortável nos bancos da frente - Foto do Autor
Nas noites chuvosas, quando a serra fica escorregadia e a visibilidade se resume a alguns metros à frente por conta dos constantes nevoeiros, é bom contar com a tração 4x4, que funciona bem até os 80 Km/h em pisos de pouca aderência e com seus excelentes faróis de neblina, que me guiam de volta para casa, quase sempre em companhia dos Rolling Stones, pois a versão XLT ainda conta com CD/MP3 player de série.

Não deixem de mandar suas dúvidas e sugestões de postagens aqui nos comentários ou para gostardecarros@gmail.com.
Um forte abraço e até a próxima postagem!
Bruno Hoelz

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Como comprar um Honda "new" Civic da 8ª geração (de 2006 a 2011)

Amigos,

Contei na postagem anterior (leia AQUI) sobre minha "aventura" para comprar um Honda Civic da 8ª geração, que ficou conhecida como new Civic. Foi mais de um ano procurando um bom Civic, o que me fez aprender muito sobre o carro.

Decidi compartilhar tudo o que aprendi sobre o modelo com vocês leitores e, quem sabe, ajudar um futuro candidato ao modelo que, na minha opinião, é um dos melhores carros entusiastas que se pode comprar pelo preço de um popular completo zero quilômetro.

Por que "entusiasta"? Vejam: é um sedan médio com porta malas pequeno, suspensão dura e direção mais pesada e direta que seus concorrentes, mas é magnificamente bom de dirigir. Gosta de dirigir? Compre um sem medo! Quer apenas um meio de transporte eficiente e não liga muito para carros? Compre um Corolla!

Acelerador pivotando no assoalho: um carro para entusiastas - Foto do Autor
Todos os new Civic contam com a motorização 1.8 16v de 140 cavalos, conjugada a um câmbio manual ou automático epicíclico, ambos com 5 marchas à frente. O automático parece ler pensamentos e faz trocas bem rápidas. O excelente motor, com bloco e cabeçote em alumínio e comando de válvulas variável, era a melhor tecnologia que se poderia encontrar em um sedan médio nos anos 2000.

MODELOS de 2006 a 2008
No ano modelo 2006 os Civic eram apenas à gasolina. A partir de 2007 passaram a ser flex. Até 2009 existiram duas cores muito bonitas: verde e azul, ambas escuras e metálicas. A partir de 2010 a Honda se rendeu ao nosso mercado de cores sem graça. Ainda em 2009, ganhou mais alguns equipamentos de série e um facelift modificou para choque e grade dianteira.

Honda Civic EXS 2006 a 2008: faróis de neblina mais ao centro...

... enquanto nos EXS 2009 a 2011 estão nas extremidades - Fotos Best Cars Web Site
VERSÕES

LXS (manual ou automático): Com ar condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, rodas de liga leve e CD/MP3 player. Seu único opcional era a forração em couro. Para saber se o couro veio de fábrica, basta ver a etiqueta na coluna da porta do motorista, que deverá vir com a inscrição TYPE B GRAY. Muitos donos instalaram couro depois, geralmente com o logotipo Honda no encosto, que não existe no couro de fábrica.

Honda Civic LXS 2006 a 2008: rodas com pintura fosca - Foto: quatrorodas.abril.com.br
EXS (somente automático): Trazia como itens de série computador de bordo, a forração em couro, o piloto automático, o CD/MP3 player com disqueteira para 6 discos com comandos no volante e entrada USB, a abertura elétrica do porta malas (nesta versão, com tampa forrada) na chave, luzes de cortesia extras, repetidores do pisca nos retrovisores, rodas de liga leve diamantadas com desenho diferenciado, maçanetas e ponteira do escapamento cromadas e o equipamento mais interessante: seu câmbio automático permitia trocas manuais em borboletas no volante.

Até 2008, somente a versão EXS tinha tampa do porta malas forrada - Foto do Autor
 MODELOS DE 2009 A 2011
Em 2009 todas as versões ganharam direção elétrica, piloto automático e entrada USB no som, além de um facelift que mudou para choque e grade dianteira. A versão EXS ganhou controle de estabilidade assistida e surgiram as versões LXL e LXL SE.

VERSÕES

LXS (manual ou automático): ganhou nova frente, piloto automático e som com entrada USB de série em relação aos modelos 2006 a 2008.

LXL (manual ou automático): além dos itens da versão LXS, contava com novas rodas de liga leve, comandos de som no volante, abertura elétrica do porta malas (nesta versão, também com tampa forrada) na chave, repetidores do pisca nos retrovisores e quando equipado, seu câmbio automático também permitia trocas manuais em borboletas no volante. Como opcional, forração em couro.

LXL SE (manual ou automático): versão vendida apenas no ano modelo 2011, somava ao LXL ar digital e faróis de neblina, espécie de "versão de despedida" da 8ª geração do Civic. Como opcional, forração em couro.


Rodas da versão LXL + faróis de neblina de série...

...ou ar condicionado digital + câmbio manual? Só pode ser um LXL SE - Fotos: anúncio bomnegocio.com


EXS (somente automático): ganhou nova frente e controle de estabilidade assistida em relação aos modelos 2006 a 2008.

Painel de um EXS 2010 com luz indicadora do farol de neblina original (acima à esquerda), computador de bordo indicando temperatura externa Junto ao hodômetro e câmbio na posição manual em segunda marcha (embaixo à direita - Foto do Autor
CIVIC SI: não, não me esqueci do malvado Civic Si. A versão ganhará postagem à parte!

PRINCIPAIS DETALHES A SEREM VERIFICADOS
Todo modelo de carro tem suas particularidades e seus pontos fracos. Conhecendo-os, a compra de um modelo usado se torna mais segura e racional. Para todos os casos, comprovantes de manutenção preventiva em dia praticamente garantem a não ocorrência dos problemas. No caso dos Honda, é interessante procurar um modelo com as revisões carimbadas pela rede autorizada, pois ao contrário de algumas outras marcas nacionais, a Honda tem excelentes oficinas em suas concessionárias, a preços justos, o que estimulou muitos donos a cuidarem da manutenção na rede autorizada mesmo fora do período de garantia.

Assim, nesta postagem, vou me dedicar apenas a falar das particularidades do modelo, recomendando atenção aos itens comuns à compra de qualquer carro usado: documentação, funcionamento do motor e do câmbio, suavidade ao rodar, freios, pintura, entre outros. Lembre-se: o test drive é fundamental e, sempre que houver possibilidade, leve o candidato a sua garagem ao seu mecânico de confiança.

COXIM DE SUPORTE DO MOTOR: é um dos (poucos) pontos fracos do modelo. Geralmente tem problemas em carros mais rodados, acima dos 100 mil quilômetros. Trata-se de um suporte que sustenta o lado esquerdo do conjunto motor/câmbio e conta com uma bucha de borracha com interior em gel. É fácil visualizar a peça e eventuais rachaduras na bucha, que causam VIBRAÇÃO EXCESSIVA. Sua substituição costuma ser onerosa.

Vista superior do coxim, ao lado do reservatório do lavador do para brisa - Foto do Autor
Outras causas para o sintoma VIBRAÇÃO EXCESSIVA podem ser o corpo de borboleta sujo, problema comum no modelo e proveniente dos vapores do óleo que são direcionados para a peça, detalhe comum á maioria dos carros modernos, porém mais sensível nos Civic. Aqui, a correta manutenção preventiva evitará o incômodo.

REGULAGEM DE VÁLVULAS: os motores dos Civic exigem a regulagem de válvulas de 40 em 40 mil quilômetros, por não contar com coxins hidráulicas. Serviço relativamente simples, muito semelhante ao feito nos motores VW boxer (de fuscas e cia). Válvulas desreguladas costumam ser a principal causa de CONSUMO ELEVADO no modelo. mais uma vez, com a manutenção preventiva em dia, será raro o problema se manifestar.

ALINHAMENTO TRASEIRO: existem alguns relatos na internet sobre PROBLEMAS DE ESTABILIDADE nos Civic. Também é notável com alguns Civic GASTAM PNEUS POR DENTRO OU POR FORA NO EIXO TRASEIRO. Na maioria dos casos, trata-se de ajustes na geometria da suspensão traseira. A conferência é necessária junto com o alinhamento dianteiro e oficinas especializadas conhecem bem o modelo.

RUÍDOS (GRILOS) NO PAINEL: o bonito painel dianteiro sofre, vítima de seu próprio tamanho, com o aparecimento de alguns grilos durante a rodagem em pisos irregulares. Aqui, uma dica: a colocação de blocos de espuma rígida em lugares estratégicos, geralmente atrás do porta luvas ou mesmo sob a tampa próxima a pequena janela lateral na frente da porta dianteira direita resolvem. Mesmo que o seu "candidato" tenha alguns grilos, geralmente o problema é de fácil solução.

ALINHAMENTO DOS PARA CHOQUES: os Civic tem seus para choques fixados ao monobloco por travas plásticas. Para choques desalinhados em relação à carroceria podem significar que o carro sofreu muitas "encostadas" ou mesmo batidas, que deformaram essas travas. Assim, para choque desalinhado com pintura brilhando pode significar lanternagem. Uma dica: os para choques são projetados para voltarem à forma original após pequenas deformações. Para repintá-los, é necessário usar uma massa especial que garante a integridade da tinta enquanto o plástico "trabalha". Como 99% das oficinas de lanternagem não usam a tal massa, é comum a tinta rachar, formando uma textura parecida uma teia de aranha, claro sinal de lanternagem mal feita.

Confira o perfeito alinhamento entre carroceria e para choque - Foto do Autor
ACESSÓRIOS MAL INSTALADOS: mesmo a versão EXS, topo de linha, fica devendo em equipamentos quando comparada aos concorrentes da época. Assim, muitos donos trataram de equipar seus Civic, muitas vezes com instalações mal feitas e produtos de qualidade inferior. os Civic da 8ª geração nunca tiveram MÓDULO DE SUBIDA DOS VIDROS NA CHAVE, por exemplo, sendo este o principal acessório a ser instalado. SENSORES DE ESTACIONAMENTO e FARÓIS DE NEBLINA (só os EXS e os LXL SE saíram com faróis de neblina de fábrica) formam o trio de acessórios mais encontrados nos Civic. Uma dica é evitar carros com esses acessórios que, se mal instalados, poderão dar muita dor de cabeça. Prefira um Civic "pelado" e instale você mesmo os acessórios que desejar. Existem no mercado produtos que mantém os chicotes e tomadas originais, evitando cortes e sangrias no sistema elétrico.

Evite também modelos com ENGATE PARA REBOQUE. O Civic não foi projetado para rebocar nada e, das duas uma: ou o engate para reboque de fato foi utilizado e comprometeu a durabilidade do monobloco, motor e câmbio, ou ficou como "enfeite" e, no mínimo, o assoalho do porta malas foi furado para sua instalação, abrindo caminho para oxidação.

Os Civic também nunca contaram com BLUETOOTH, sendo comum encontrá-los com KIT MULTIMÍDIA. Nesta caso, confira sempre a instalação, pois os kits multimídia dedicados ao modelo costumam ter tomadas originais, evitando o corte de chicotes e, inclusive, permitindo a utilização dos comando do volante.

Boa sorte na procura de seu novo carro!

Não deixem de mandar suas dúvidas e sugestões de postagens aqui nos comentários ou para gostardecarros@gmail.com.
Um forte abraço e até a próxima postagem!
Bruno Hoelz