sexta-feira, 12 de julho de 2013

Uma Yamaha XT 225 de volta à ativa! (e um novo motociclista)

Amigos,

Até meus 30 anos nunca havia pilotado uma moto e me julgava um motorista educado com os companheiros de duas rodas. Com 31 resolvi que tinha de aprender a pilotar e ter habilitação para conduzir motocicletas, já que pelo menos meia dúzia de vezes tive de recusar pedidos para pilotar e resolver problemas, como o de um amigo que foi de moto a uma festa e resolveu beber uma cervejinha.

Prova prática - Foto: divulgação DETRAN RJ
Fiz o caminho que alguém sem amigos para ensinar por perto faria: me matriculei numa Moto Escola Fizeram falta dois amigos motociclistas, distantes o suficiente para inviabilizar aulas práticas, embora um deles e sua Harley Davidson Dyna estivessem dispostos a rodar algumas centenas de quilômetros pela missão.

Com o mínimo de aulas obrigatórias estava, segundo meu paciente instrutor, apto a realizar o exame. O que eu viria a descobrir mais tarde é o quanto a prova prática está distante da realidade que é pilotar nas ruas e estradas. Mais distante ainda que a prova prática para conduzir automóveis, que ao menos é realizada no trânsito e não numa pista fechada que mais parece uma competição de acrobacias.

Com 32 anos apareceu um "negócio de ocasião". Embora não ligue muito para negociar coisas, a dona do Gurgel cuja história contei AQUI comentou comigo que precisava de dinheiro e havia uma velha Yamaha XT 225 1999 meio que abandonada ao lado de sua casa. Levantei os débitos da motoca, fiz uma oferta e a levei para casa.

Para alguém que precisasse de transporte diário confiável não teria sido uma boa escolha. Para alguém como eu, que adora estar entre gasolina e graxa, não poderia ter sido melhor. Logo descobri que era uma moto difícil de mexer, com peças caras e raras e nenhum valor de revenda. Havia comprado um Fiat Marea Turbo de duas rodas! Não poderia ser mais divertido.

Depois do trato, ao lado da Shadow de uma amigo que (tenta) me ensinar a pilotar - Foto: Autor
Três banhos depois, o cromado das rodas e raios voltou a aparecer. O carburador precisou de uma limpeza meticulosa. Me surprendi com algumas peças novas, como bateria e filtro de ar, bem como corrente e relação, que haviam sido trocadas pela dona antes de encostá-la ao lado de sua casa. Carburador e filtros no lugar, óleo novo e vruuum, pegou de primeira um ano depois de ter sido ligada pela última vez! Tá, com uma ajudazinha: coloquei a bateria em carga lenta na véspera.

Ainda faltam algumas coisas, como achar o acabamento da torneira do combustível e trocar algumas peças plásticas maltratadas pelo tempo, mas a moto é uma delícia de pilotar. Não sou eu, que só conheço ela como moto, que digo, mas muitos motociclistas, experientes ou não, nos vários blogs que tenho lido a respeito de motos e pilotagem.

Tenho muito o que aprender, mas nos pouco mais de 500 quilômetros que rodei em duas rodas vi que a convivência entre carros e motos não é nada pacífica. Porém, já entendi duas coisas: que pilotar uma motocicleta numa estrada vazia é uma das melhores coisas que se pode fazer! E que eu não sou um motorista tão educado assim com os motociclistas...

Um forte abraço e até a próxima!

Bruno Hoelz

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Revisão na Honda

Amigos,

Uma das postagens mais visitadas do Blog é a CARRO NA GARANTIA, REVISÃO NA CONCESSIONÁRIA, onde tento fazer uma espécie de guia, para que o incauto cliente sobreviva as conhecidas políticas de serviços desnecessários ou mal executados das concessionárias.

Como autoentusiasta da família, sou responsável pela manutenção de meia dúzia de carros, alguns deles ainda em garantia, o que me obriga a conviver com concessionárias de diversas marcas.

Pois bem, chegou a hora de efetuar a revisão dos 20.000km do Honda Civic 2012. O objetivo inicial da postagem desta semana era aproveitar o marco na quilometragem para falar sobre o carro, já que é o veículo que mais utilizo, depois do Gurgel Tocantins (cuja história já contei AQUI). Porém, pude acompanhar bem de perto o serviço efetuado e o cuidado e apuro técnico que observei na concessionária merecem registro.

Ambiente limpo, bem iluminado e com total acesso para o cliente - Foto: Autor
A oficina é limpa, organizada e bem iluminada. Os mecânicos usam macacões brancos! O orçamento é claro e fiel à manutenção preventiva preconizada no manual do proprietário, sem a "recomendação" de outros serviços.

Carro no elevador, pude me aproximar e conversar com um tímido, porém solícito e paciente mecânico que explicou didaticamente cada serviço que estava executando. Acreditem, ele realmente sabia o que estava falando e conhecia intimamente o carro.

Limpa contatos aplicado em diversos pontos da instalação elétrica, bornes da bateria limpos, dobradiças e fechaduras lubrificadas, tudo, absolutamente tudo conferido, da facilidade para abrir capô e porta malas até o funcionamento de luzes e equipamentos.

O ferramental é um capítulo à parte: cada presilha era retirada com um sacador, sem adaptação de ferramentas, como nas Fiats e Fords onde vou com outros carros. O melhor, porém, estava reservado para a metade final do serviço.

Torquímetro! Na hora de efetuar a remontagem de alguns componentes e fazer o chamado reaperto de carroceria e suspensão, o mecânico abriu uma tabela em seu notebook e passou a utilizar um torquímetro, aplicando o torque correto em dezenas de parafusos sob o Civic.

Para um autoentusiasta, ver seu carro sendo tratado do jeito que deve ser - e não por aquele mecânico que repete "É besteira... Não precisa..." - é algo que traz satisfação. Isso vir de um mecânico de concessionária, e não do seu mecânico de confiança, é para ganhar o dia!

Rodas, após o balanceamento e rodízio, foram montadas com o torquímetro, bem como o parafuso do dreno do cárter, que recebeu pouquíssima carga, pois o mecânico o apertou com os dedos, bastando menos de 1/4 de volta com o torquímetro para o estalo indicar o torque correto. Filtro de óleo foi rosqueado com as mãos, como deve ser. Até o protetor de cárter recebeu o torque correto!

Consultor monta placas verdes para teste de rodagem - Foto: Autor

Após o alinhamento, teste de rodagem. Porém, nada de simplesmente pegarem seu carro e saírem. Antes, é montado um par de placas verdes sobre as do veículo. Assim, a responsabilidade caso ocorra algum acidente, com seguro total, além de eventuais multas, fica toda por conta da concessionária.

Revisão efetuada, manual carimbado. Custo? Revisão dos 20.000km: R$ 333,60. Alinhamento/balanceamentos: R$ 145,00. Não é surpresa que o carro que este Civic substituiu - um outro Civic 2007 - teve suas revisões carimbadas até sua troca, com pouco mais de 100.000km.

Ao final da revisão, o consultor pediu que eu assinasse mais alguns papéis. Na entrada do carro na oficina, reclamei que havia uma peça desalinhada no painel. Uma funcionária veio durante o serviço, tirou algumas fotos e preencheu um formulário.

Peças desalinhadas no painel - Foto: Autor
O consultor informou que a peça desalinhada é a tampa do air bag do passageiro e que, talvez, o problema só seja resolvido com sua substituição completa. Numa prova de respeito ao consumidor, a Honda cogita substituir uma peça de alto custo, em garantia, para alinhar o acabamento do painel! Estou aguardando contato da concessionária e contarei o final desta história tão logo se resolva.

Sim, eu sei, vivemos uma inversão de valores. O tratamento recebido na Honda é que deveria ser regra, mas não é o que vivemos nas concessionárias. É pena que a história de um consumidor que recebe o tratamento correto é a que mereça registro.

No próximo mês outro carro da "frota", uma Fiat 500, fará 30.000km. Sua dona (ainda) faz questão de mantê-lo na garantia. Já estou me preparando para a batalha: depois desta experiência na Honda e considerando as experiências anteriores na Fiat, será como ir do céu ao inferno.

Acreditem: dependendo do serviço efetuado, após carimbar a revisão no manual, o Fiat precisa ir ao mecânico de confiança para conferência e ajustes. Será que vale a pena manter a garantia assim?

Um forte abraço e até a próxima!

Bruno Hoelz

Ilegalidade na RJ 116 - ATUALIZAÇÃO

Amigos,

Não creio que tenha sido a postagem anterior deste Blog, mas sim o bom senso comum, pois os tachões relatados em 14 de junho viraram quebra molas que, aparentemente, estão dentro do padrão previsto na resolução do CONTRAN.

Fico devendo as fotos, mas achei importante relatar a correção, já que fui um dos que reclamou.

Um forte abraço,

Bruno Hoelz