Amigos,
Até meus 30 anos nunca havia pilotado uma moto e me julgava um motorista educado com os companheiros de duas rodas. Com 31 resolvi que tinha de aprender a pilotar e ter habilitação para conduzir motocicletas, já que pelo menos meia dúzia de vezes tive de recusar pedidos para pilotar e resolver problemas, como o de um amigo que foi de moto a uma festa e resolveu beber uma cervejinha.
Prova prática - Foto: divulgação DETRAN RJ |
Fiz o caminho que alguém sem amigos para ensinar por perto faria: me matriculei numa Moto Escola Fizeram falta dois amigos motociclistas, distantes o suficiente para inviabilizar aulas práticas, embora um deles e sua Harley Davidson Dyna estivessem dispostos a rodar algumas centenas de quilômetros pela missão.
Com o mínimo de aulas obrigatórias estava, segundo meu paciente instrutor, apto a realizar o exame. O que eu viria a descobrir mais tarde é o quanto a prova prática está distante da realidade que é pilotar nas ruas e estradas. Mais distante ainda que a prova prática para conduzir automóveis, que ao menos é realizada no trânsito e não numa pista fechada que mais parece uma competição de acrobacias.
Com 32 anos apareceu um "negócio de ocasião". Embora não ligue muito para negociar coisas, a dona do Gurgel cuja história contei AQUI comentou comigo que precisava de dinheiro e havia uma velha Yamaha XT 225 1999 meio que abandonada ao lado de sua casa. Levantei os débitos da motoca, fiz uma oferta e a levei para casa.
Para alguém que precisasse de transporte diário confiável não teria sido uma boa escolha. Para alguém como eu, que adora estar entre gasolina e graxa, não poderia ter sido melhor. Logo descobri que era uma moto difícil de mexer, com peças caras e raras e nenhum valor de revenda. Havia comprado um Fiat Marea Turbo de duas rodas! Não poderia ser mais divertido.
Três banhos depois, o cromado das rodas e raios voltou a aparecer. O carburador precisou de uma limpeza meticulosa. Me surprendi com algumas peças novas, como bateria e filtro de ar, bem como corrente e relação, que haviam sido trocadas pela dona antes de encostá-la ao lado de sua casa. Carburador e filtros no lugar, óleo novo e vruuum, pegou de primeira um ano depois de ter sido ligada pela última vez! Tá, com uma ajudazinha: coloquei a bateria em carga lenta na véspera.
Depois do trato, ao lado da Shadow de uma amigo que (tenta) me ensinar a pilotar - Foto: Autor |
Ainda faltam algumas coisas, como achar o acabamento da torneira do combustível e trocar algumas peças plásticas maltratadas pelo tempo, mas a moto é uma delícia de pilotar. Não sou eu, que só conheço ela como moto, que digo, mas muitos motociclistas, experientes ou não, nos vários blogs que tenho lido a respeito de motos e pilotagem.
Tenho muito o que aprender, mas nos pouco mais de 500 quilômetros que rodei em duas rodas vi que a convivência entre carros e motos não é nada pacífica. Porém, já entendi duas coisas: que pilotar uma motocicleta numa estrada vazia é uma das melhores coisas que se pode fazer! E que eu não sou um motorista tão educado assim com os motociclistas...
Um forte abraço e até a próxima!
Bruno Hoelz
Um forte abraço e até a próxima!
Bruno Hoelz
Olá amigo, quanto você gastou no reparo? Um abraço.
ResponderExcluirOlá Anônimo,
ExcluirGastei, com os serviços de limpeza do carburador e troca das peças (filtros, vela, reparo do freio dianteiro, registro de combustível e óleo) cerca de R$ 500,00.
Um grande abraço,
Bruno Hoelz