Amigos,
O Blog GOSTAR DE CARROS teve a oportunidade de avaliar mais um carro em nossa seção IMPRESSÕES. Desta vez, um Chevrolet Onix LT 1.4 2012, com pouco menos de 12.000 km rodados. Agradecimentos especiais à proprietária Lara, leitora do Blog.
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Faróis com máscara azul em qualquer cor de carroceria (no LTZ ele ganha máscara negra) - Foto: Autor |
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Será interessante compará-lo ao VW Gol, protagonista do primeiro teste, pois suas versões competem em preço. Em sua versão mais simples, a LS 1.0, o Onix traz air bag duplo, ABS, ar quente e direção hidráulica por R$ 30.990,00. Equipar um Gol 1.0 4 portas com os mesmos equipamentos (sim, ele vem mais "pelado") o deixa em R$ 32.290,00. No topo da lista de equipamentos, um Onix LTZ 1.4 custa R$ 43.690,00, enquanto o Gol 1.6 mais completo empata em equipamentos e preço, custando R$ 43.980,00.
Todos preços sugeridos pelo fabricante, podendo haver variação de acordo com a política de preços das concessionárias. Lembrando ainda que o Onix ainda não possui versão com câmbio automático. O Gol oferece caixa automatizada nos 1.6, a partir de R$ 35.900,00, sem direção hidráulica ou ar condicionado.
EXTERIOR:
O modelo fotografado é a versão LT, top de linha na motorização 1.0 e intermediária na motorização1.4. Suas rodas, aro 15 polegadas, com calotas, preenchem melhor o vão das caixas de roda do que as 14 polegadas do Gol. Os faróis com máscara azul caem bem na cor preta.
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Pequeno aerofólio traseiro confere esportividade - Foto: Autor |
Sua linha de cintura alta e capô pequeno e inclinado poderiam lembrar uma minivan, mas o efeito é inverso: um "hatchback" com desenho muito bonito, quase esportivo.
INTERIOR:
Ao contrário do Gol, a primeira impressão é boa. O volante, emprestado do irmão maior Cruze, mas sem os comandos de rádio, tem excelente empunhadura. Mesmo sem regulagem de profundidade é fácil encontrar a posição de dirigir, considerando o ajuste de altura do banco do motorista. Aqui, a falta do ajuste de profundidade fez bem menos falta do que no Fiat 500, que será objeto de uma postagem em breve, em que a posição de dirigir lembra um pouco a dos Alfa Romeo onde precisamos ter braços longos e pernas curtas para ter o pleno controle dos comandos.
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Painel parece saído de uma motocicleta - Foto: Autor |
O painel foi a segunda agradável surpresa. Mistura informações digitais e analógicas sem ser confuso. Pareceu mais elegante que o painel das duas últimas gerações do Civic, embora seu velocímetro seja mais preguiçoso que o da Honda, "pulando" entre as informações, enquanto seu par nipônico marca com precisão o aumento de velocidade.
A versão LT avaliada, não contava com retrovisores elétricos, nem vidros elétricos nas portas traseiras. Embora essas comodidades estejam presentes na maioria dos carros atuais, ainda é desculpável nessa categoria. Porém, o acabamento, que numa primeira avaliação se mostrou adequado, não resistiu a um olhar mais atento.
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Solução caseira até alguma Concessionária resolver arrumar - Foto: Autor |
Apesar da boa impressão que a parte superior do painel em plástico emborrachado causa (o novo Civic, por exemplo, perdeu esse detalhe) vários detalhes de acabamento deixam a desejar. Além do problema no difusor de ar, rangidos no banco do passageiro e rebarbas mal aparadas nos puxadores de porta provocam saudades dos Chevrolet do final dos anos 1990. Além do acabamento ruim, os puxadores ainda incomodam por sua posição muito baixa, fazendo motoristas e passageiros preferirem puxar as portas pelo vão dos vidros abertos.
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Puxador baixo e mal acabado - Foto: Autor |
IMPRESSÕES:
Andei pouco com este carro, bem menos do que com o Gol. Porém, foi suficiente para perceber que, apesar de algumas falhas de acabamento, trata-se de um carro pequeno muito bem acertado. Sua posição de dirigir lembra um pouco a de um carro mais alto, como uma minivan, com excelentes bancos que realmente dão suporte lateral.
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Excelente ergonomia dos bancos, com ótimo suporte lateral - Foto: Autor |
Empunhadura e engates do câmbio, diâmetro do volante, tudo faz o motorista ter vontade de contar com mais do que os 98 cv (quando abastecido com gasolina) que o motor 1.4 oferece. Com um motor mais potente, seria um interessante Pocket Rocket. Apenas a pedaleira refreia o entusiasmo do motorista/piloto ao possuir o pedal do acelerador curto demais, não permitindo um punta tacco muito eficiente.
Na estrada parece ter menos inclinação à sair de frente que o Gol, demonstrando boa estabilidade. A suspensão traseira semi independente com eixo de torção certamente contribui para o bom comportamento.
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Detalhe da suspensão traseira semi independente - Foto: Autor |
O câmbio é bastante elástico, estando à pouco menos de 3.000 RPM em quinta marcha à 100 km/h. Não é extamente um 4+E, mas está acima da média das curtas relações de marchas que assolam os carros nacionais. Ao contrários de Celtas e Palios, pede sim segunda marcha para dobrar esquinas e passar por quebra molas, o que considero o normal para um 1.4 deste porte.
No dia a dia, um bom automóvel pequeno, com boa visibilidade, comandos acessíveis e gostoso de dirigir. Provavelmente perderá um pouco da graça em sua versão 1.0, mas hoje em dia a diferença de preços entre os dois é pequena. Vale a pena abrir mão de alguns equipamentos e levar a versão mais potente para casa. Quem sabe a Chevrolet não cede um Onix 1.0 para o Blog GOSTAR DE CARROS testar e tirar essa impressão?
CUSTO BENEFÍCIO:
Os leitores mais atentos lembrarão que eu citei o Onix como alternativa ao Gol na postagem de 24 de abril. Hoje, após experimentá-lo, confirmo minha teoria. Dentre os carros pequenos, o Chevrolet Onix é uma excelente opção, mais confortável e gostoso de dirigir que o Gol, conta quase com o mesmo tamanho da rede concessionária e com a tradição da Chevrolet no Brasil.
Creio que a Chevrolet acabará por tirar de linha o Agile, que perde o sentido quando confrontado em preço e qualidades com o Onix. Não vou falar em estética, conceito altamente subjetivo, mas tenho lá minhas opiniões à respeito do Agile, do Etios...
Se tivesse de comprar um carro pequeno, zero km, certamente consideraria o Onix como opção, mesmo com suas pequenas falhas de acabamento Apostaria tratar-se de defeitos pontuais na unidade testada.
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Making off: banho para a sessão de fotos - Foto: Autor |
Um forte abraço e até a próxima!
Bruno Hoelz